Lipoaspiração Corporal


Indicação:
A lipoaspiração é a cirurgia plástica estética mais realizada no Brasil, Estados Unidos e no mundo. É uma cirurgia para a redução do volume de gordura corporal, em áreas localizadas, conferindo ao paciente um melhor contorno corporal. Embora muitos achem, a lipoaspiração não é feita para perder peso, pois a maior mudança se dá na silhueta corporal e não balança. Mas quando bem indicada e bem executada, é muito segura e traz excelentes resultados.

Os melhores resultados são obtidos nas lipoaspirações em que o paciente apresenta gordura localizada. Esta é uma cirurgia como outra qualquer e só deve ser executada por uma equipe que contenha pelo menos um especialista em lipoaspiração, que é o cirurgião plástico.

Não acredite quando médicos que não são cirurgiões plásticos dizem que sabem fazer lipoaspiração. Esta é uma cirurgia com muitos detalhes técnicos e, que são forem seguidos à risca, pode levar a graves complicações, inclusive a morte. Uma lipoaspiração mal executada pode ocasionar cicatrizes e deformidades físicas e emocionais que às vezes nunca mais poderão ser corrigidas, tanto nos pacientes quanto nos seus familiares.

Está muito visível na mídia atualmente os seguintes termos:

minilipoaspiração ou minilipo: é uma lipoaspiração realizada somente com anestesia local. Só apresenta resultados satisfatórios para pequenos excessos de gordura bem localizados;

lipolight: usada como sinônimo de minilipoaspiração;

hidrolipoaspiração ou hidrolipo: é usado como sinônimo da minilipoaspiração, mas significa que uma quantidade de líquido, quase sempre soro fisiológico com anestésico local, é injetada no paciente antes da lipoaspiração para se retirar mais gordura;

megalipoaspiração: aspiração de grandes volumes de gordura, maiores que quatro litros.

No caso da lipoescultura, também chamada de lipoenxertia, parte da gordura aspirada é usada para enxertar áreas em que se precisa um maior preenchimento (nádegas (glúteo), sulcos da face, depressões embaixo da pele, etc).

Tempo de internação
Entre 12 a 24 horas, dependendo do tamanho da lipoaspiração e da anestesia.

Tipo de anestesia
Depende da área a ser operada e do volume de gordura a ser lipoaspirado. Pode ser desde a anestesia local, local com sedação, peridural ou geral.

Técnica cirúrgica
Através de pequenos cortes (incisões) de meio a um centímetro, retira-se o excesso de gordura localizada através de cânulas cirúrgicas conectadas a seringas próprias de lipoaspiração, ou ligadas a um aparelho de lipoaspiração a vácuo. Geralmente antes da cirurgia injeta-se uma solução com soro fisiológico e um pouco de adrenalina para que se possa facilitar a cirurgia, sangre-se menos e possa se retirar uma maior quantidade de gordura com mais segurança. Essa técnica é chamada lipoaspiração úmida ou infiltrativa. O limite do volume a ser retirado nunca deve exceder sete por cento do peso corporal, bem como 40% da área do corpo.

Pós-operatório
Os pontos são retirados entre sete e dez dias. Geralmente há inchaço (edema) que a partir de 72 horas começa a diminuir progressivamente. Manchas roxas (equimoses) são frequentes, mas resolvem sozinhas em até 21 dias, na maioria dos casos.

Durante o primeiro mês após a lipoaspiração o paciente apresenta notável melhora do edema, quando então passa a notar endurecimento na área operada, decorrente da cicatrização interna. Este endurecimento melhora progressivamente durante o segundo e terceiro meses, época na qual ocorre uma maior retração da pele.

Uma cinta elástica compressiva deve ser usada entre quatro e oito semanas e são indicadas drenagem linfática e ultrassom a partir do segundo dia da cirurgia, no intuito de acelerar a recuperação, reduzir o inchaço e o endurecimento, uniformizar a superficie, e evitar fibroses. 

Complicações
Dentre as complicações possíveis, mas pouco comuns, podem ser citadas: acúmulo de líquido (seroma) e a dor no local da cirurgia. Entre as complicações raras estão: acúmulo de sangue (hematoma), infecção, tromboses venosas, perfurações de órgãos pela cânula e problemas anestésicos.

Entretanto, quando a indicação da cirurgia é precisa, a técnica cirúrgica é bem executada, dentro de um centro cirúrgico adequado, os cuidados pré e pós-operatórios são seguidos corretamente, essas complicações são muito raras.

O seroma, a complicação mais comum em grandes lipoaspirações, é o acúmulo de um liquido claro na região operada, que se apresenta como uma “bolsa d’água”. Nestes casos se procede ao esvaziamento através de punções, com resolução do problema e sem prejuízo do resultado. Podem-se usar drenos em lipoaspirações extensas, o que reduz o risco de seroma, por drenar o liquido formado, evitando assim que este acumule.

As principais complicações, incluindo casos de óbitos, foram decorrentes de procedimentos realizados por médicos que não são especializados num dos serviços de ensino credenciados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. E sempre dê preferência a operar num hospital ou clínica de cirurgia que tenha todos os equipamentos de reanimação cardiorrespiratória. 

Resultado definitivo
O resultado definitivo da lipoaspiração se dá após 6 meses, quando todo o inchaço (edema) acaba sendo absorvido pelo organismo, porém chega-se a 80% aos 4 meses. A flacidez da pele pode levar até um ano para apresentar sua retração máxima.